UNIGRAN participará de ação de combate à anemia entre as crianças de Dourados

Representantes da PATH, Dipika Matthias e Ágide Gorgatto (2ª dir e centro), convidaram professores e alunos para integrar o projeto arroz fortificado
A reitora da UNIGRAN, Rosa Maria D’Amato De Déa, recebeu, nesta quarta-feira (21), as visitas da diretora de projetos Dipika Matthias, da PATH, organização norte-americana que representa a Fundação Bill e Melinda Gates, no combate à anemia ferropriva, e do consultor em fortificação de alimentos Ágide Gorgatti Netto, que coordenou o projeto de adição de ferro às farinhas de trigo e milho, que virou lei no Brasil, e hoje trabalha na promoção do “ultra-rice”, um grão produzido à base de farelo de arroz e enriquecido com pirofostato férrico, zinco, tiamina e ácido fólico. Dipika Matthias veio formalizar convite para a UNIGRAN aderir, como colaboradora direta, ao projeto de prevenção da anemia ferropriva, por meio da inclusão do arroz fortificado na merenda escolar, que está previsto começar em fevereiro ou março de 2010, em parceria com a Prefeitura, Embrapa, creches e escolas rurais e indígenas do município. “A idéia é envolver toda a comunidade e aproveitar os reID_CURSOs e o pessoal locais”, disse Matthias. A professora Rosa Déa aceitou o convite e colocou a equipe e laboratórios da Instituição à disposição para o estudo. “Esse projeto vem somar ao importante trabalho de responsabilidade social que a UNIGRAN já realiza no Estado”, disse a reitora. Batizado de “Arroz Fortificado para refeição do meio-dia”, a execução desse projeto demanda um trabalho complexo de documentação, cadastramento e controle de informações, além de laboratórios de análises clínicas e bromatológicas, capacitação de merendeiras e de mobilização de professores e estagiários de ID_CURSOs, como, Nutrição, Biomedicina, Farmácia e Serviço Social, por exemplo, durante mais de dez meses. O objetivo é alcançar os bons resultados já obtidos com esse projeto na Índia, China, Vietnã, Camboja, Peru, Colômbia, Nicarágua, Níger e na Libéria. Participaram da reunião, a diretora da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da UNIGRAN, Adriana Mestriner Felipe de Melo, e os professores de Nutrição Rita de Cássia Dorácio Mendes e de Agronomia, Elmo Pontes de Melo. O problema e a solução Segundo estudos recentes, como o das pesquisadoras do Departamento de Nutrição da UnB, Gracy Heijblom e Leonor Santos, a anemia ferropriva é a deficiência de micronutrientes mais prevalente e a mais grave em todo o mundo. Elas conduziram um estudo, em 2007, com 424 alunos, de 6 a 11 anos de idade, que associa a deficiência de ferro ao baixo desenvolvimento cognitivo e o conseqüente atraso no rendimento escolar das crianças. Em outro estudo, sobre fatores determinantes da anemia, Cardoso, Santos e Colossi (Revista Nutrologia, 2008, v.1, nº 2), apontam prevalência de deficiência de ferro em torno de 50% nas crianças com menos de 24 meses. Os mesmos autores estimam que 5 milhões de crianças, com menos de 4 anos de idade, no Brasil, apresentem anemia, justamente a fase crucial do desenvolvimento do sistema neurológico. Já Duncan, Schimidt e Giugliani (Artmed, 2005), afirmam que “ao contrário do que ocorre com a desnutrição, a prevalência de anemia ferropriva vem aumentando nas últimas três décadas”. A deficiência de ferro tem causas variadas e pode afetar severamente o metabolismo, o crescimento e a inteligência do indivíduo, não somente em populações pobres. “A anemia ferropriva é a doença mais democrática que existe, está em todas as classes”, diz Ágide Gorgatti. Entusiasta do arroz fortificado, ele compara o valor desse grão industrial ao do sal de cozinha iodado. Há quase 40 anos, o Ministério da Saúde obriga as indústrias a iodizarem o cloreto de sódio, como medida preventiva de problemas da tireóide. “Quem já ouviu falar de bócio? Acabou o bócio no Brasil!”. De forma semelhante, Gorgatti vê no arroz fortificado um importante aliado da saúde pública, por ser de uso simples, barato e muito eficiente no controle da anemia. Adicionado ao arroz comum, durante o cozimento, o ultra-rice fornece cinqüenta por cento das necessidades diárias de ferro de uma criança, por refeição. Como nos pães, esse aditivo não aparece, porque é utilizado em porções microscópicas, mas faz grande diferença na saúde geral e no desenvolvimento neurológico e cognitivo das crianças. “Se provermos a quantidade necessária de ferro para as crianças, quando elas estão se desenvolvendo, até dez, doze anos, teremos uma população que vai tornar esse país grande, de fato”, define o consultor. A tecnologia de produção e a qualidade dos ingredientes do arroz fortificado conferem elevada biodisponibilidade de ferro ao organismo. Por esse motivo, seu uso deve ser acompanhado por médicos e nutricionistas, uma vez que o excesso desse mineral tem efeito tóxico no organismo. (JR)

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