Especial: Entrevista de Murilo Zauith “À Gente”

Vice-governador falou sobre como acredita que as pessoas deveriam encarar a política, sobre suas crenças, sobre família, e o seu jeito de pensar
O presidente de honra da UNIGRAN e vice-governador do Estado, Murilo Zauith, é a personalidade destacada na edição 102, da Revista “A Gente MS”, publicada no mês passado. Em entrevista concedida à jornalista Iara Bueno, Murilo elogia a forma como a atual administração do Estado conseguiu equilibrar as dívidas em um cenário de queda de arrecadação e fala de sua indicação e possível candidatura ao senado. Veja na reprodução da matéria, a seguir. “Quando Murilo Zauith aceitou o desafio, em Dourados, de se candidatar a deputado estadual, em 1993, nem imaginava o caminho que iria percorrer. “Não pensava em ser político”, admite ele, que é nascido em Barretos (SP) e tinha chegado ao Estado na década de 70. Mas este seria apenas o primeiro passo de uma longa caminhada como homem público de MS que ele viria a trilhar. Depois de deputado estadual por dois mandatos consecutivos, Zauith foi deputado federal de 2002 a 2006 e, logo em seguida, passou a ocupar o posto de vice-governador do Estado, posição em que está hoje, ao mesmo tempo em que exerce a presidência regional dos Democratas. Entretanto, quando entrou na política, ele trabalhava com Educação, na UNIGRAN, que inclusive ajudou a implantar. E isto não foi um prenúncio de uma carreira construída sobre o acaso. Pelo contrário: sua formação de engenheiro civil quase que o obriga a calcular cada centímetro que percorre. “Gosto das coisas bem certinhas, e planejo tudo”, avalia-se, com certa autocrítica. Assim, agora, há pouco mais de um ano para o próximo pleito, ele assume já estar projetando um passo ousado rumo ao Senado. “Meu nome foi apontado por unanimidade dentro do BDR [Bloco Democrático Reformista, formado pelo DEM, PSDB e PPS] e vejo isso como mais um desafio”, contou. Além desses seus planos, Murilo falou À Gente, em entrevista exclusiva, sobre como pensa que as pessoas deveriam encarar a política, sobre suas crenças, sobre família, e o seu jeito de pensar. Falou também o que faz para relaxar: caminhadas. A chegada ao Estado “Sou nascido em Barretos (SP), e fui criado em Ribeirão Preto, onde fiz meus estudos até o Ensino Médio. Depois fui fazer Engenharia Civil em Mogi das Cruzes. Fui para Dourados na década de 70, onde estava acontecendo o boom da soja, a cidade fervilhava e eu entrei nesse clima”. De engenheiro a empreendedor da Educação – “Enquanto ainda trabalhava como engenheiro, participei de um grupo que se uniu para implantar as Faculdades de Direito e Administração de Dourados. Dediquei parte da minha vida trabalhando na área de Educação, e consolidei o que é hoje a Unigran”. A decisão pela política “Não pensava em ser político, mas tinha vários amigos que eram, e sempre conversávamos sobre política. Conviva com pessoas desse meio, e fui me envolvendo. Em 1993, estavam formando a chapa de deputado estadual, federal e governador, e fui convidado para ser candidato a deputado estadual. Foi quando me elegi pela primeira vez. Depois, reelegi-me deputado estadual; logo após, fui deputado federal, e agora estou no meio de um caminho como vice-governador, em um projeto que o André me convidou para participar”. Olho 02: “É muito bom encontrar amigos; o ser humano não nasceu para viver isolado. As relações pessoais me fazem bem. Queria ter mais tempo para cultivar as amizades.” Rumo ao Senado “Reunimos recentemente o Democratas, o PSDB e PPS, e criamos o Bloco Democrático Reformista (BDR). Agora vamos começar nossas incursões pelo Estado para levar nossa mensagem, ouvir a população, nos sintonizar com ela, fazer o debate político. Dentro do bloco, foi unânime a decisão pelo meu nome para concorrer a uma das duas vagas que o Estado terá no Senado. Recebi isso como mais um desafio na minha vida, e fico feliz por ter sido apontado naturalmente”. Foco para o possível novo cargo “Temos que discutir, no Brasil, o pacto federativo. Os problemas que existem regionalmente não podem ser discutidos com base em uma regra geral, que valha para todo o país. O Brasil é um país continental, cada região tem suas peculiaridades e as nossas questões particulares devem ser tratadas aqui no Estado, pois conhecemos a nossa realidade, como, por exemplo, a questão tributária. A carga tributária é insuportável e sufoca os nossos empresários; a questão indígena no Estado é grave, temos que buscar uma solução para evitar o conflito. E nós é que temos que saber onde deverão ser criadas as novas áreas indígenas, em qual região, de que forma. Iremos propor para a questão ambiental, que á a pauta do século XXI, a consciência da necessidade da preservação do meio ambiente; hoje o produtor rural sabe da importância da preservação das nascentes, das matas ciliares e da manutenção do Pantanal, nosso Santuário Ecológico”. Família “Procuro estar com a família sempre. Isso é o que o ser humano tem de mais importante. A família é a base, foi criada por Deus, e é nela que tudo começa. É nela que o ser humano se apóia para caminhar e é com o apoio dela que nos sentimos prontos para servirmos o próximo”. O MS hoje “Financeiramente o Estado conseguiu sanar suas dívidas, apesar de ter sofrido uma queda na arrecadação por causa da crise mundial. Temos que oferecer segurança ao funcionário público, mantendo seu salário em dia, e honrar os compromissos assumidos”. Murilo Zauith hoje “Sinto-me realizado e tenho que agradecer a Deus pela saúde que Ele me dá, pelas condições que tenho de pensar e pela oportunidade de crescer profissionalmente, que é fundamental na vida de uma pessoa”. Um prazer “Encontrar as pessoas, conversar. As relações pessoais me fazem bem. Queria ter mais tempo para cultivar as amizades”. Amizades “Penso que sempre devemos cultivar as amizades. Quem não se recorda dos amigos que tivemos nos bancos escolares, das pessoas com quem convivemos no dia-a-dia, no trabalho, dos nossos amigos de fé e do grande circulo de amizade que se forma na política? É muito bom encontrar amigos; o seu humano não nasceu para viver isolado”. Fé “Sou uma pessoa de fé, Cristão, oro, pratico, estudo. Procuro entender as coisas lendo e conversando com Deus para entender os seus mistérios. Vejo o mundo de forma tão perfeita e vejo como o nosso Criador é sublime. Sei que não estamos aqui por acaso, tivemos a oportunidade da vida. Prezo muito isso, a vida é preciosa, pela qual temos que agradecer todos os dias. Por isso considero importante cultivar o lado espiritual. Temos que entender a nossa passagem por aqui, muito rápida se considerarmos toda a eternidade. Mas é a soma da passagem de cada um que move o mundo”. Fé na política “Estar na política é uma oportunidade de colocar o que acreditamos em prática, de participarmos, de debatermos, de melDATA_HORArmos a vida das pessoas”. Princípios importantes – “Prezo por ter uma relação de confiança com as pessoas. Cultivo que os que convivem comigo tenham segurança em relação a mim. Tenho muita satisfação em ajudar as pessoas que estão à minha volta crescerem; tento praticar muito isso”. Engenharia na política “Na engenharia, tudo é planejado. Não dá para construir sem o projeto. Isso faz parte da minha vida: tudo que vou fazer tem quer ser conversado, planejado, tem que ter começo, meio e fim. O meu projeto político, por exemplo, é para outubro do ano que vem. E já estou planejando para que eu possa ter uma proposta possível de ser cumprida depois – isso é muito importante”. Prós e contras da política “A pior coisa em exercer a política é que, no meio dos políticos, há centenas de segmentos representados. Cada um tem um foco diferente, o que muitas vezes dificulta a chegada de um objetivo maior. E a parte boa é quando você consegue convencer todos de que seu projeto é o melhor, e aprova-lo”. Válvula de escape “Gosto muito de caminhar, principalmente em Bonito, e depois nadar no rio Formoso, no Balneário Municipal. Também gosto de leituras leves, que distraiam. Para relaxar, não leio nada de trabalho, mas best-sellers”. Conselho para os eleitores “Já que todos têm que votar, todos deveriam acompanhar a política no dia-a-dia, e não só na época de eleição, em que há uma avalanche de informação que dificulta a avaliação dos candidatos. A política faz parte do cotidiano de todos nós, e por isso deve haver um interesse maior por ela – filiando-se a uma agremiação política, conhecendo suas propostas, se comprometendo mais com as ideias e estando mais afinado com os candidatos”.” Transcrição: Milena Cardinal

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