Projeto da UNIGRAN poderá ser exemplo de educação para adultos na Finlândia

A finlandesa Sofia Alarova faz dissertação de mestrado na área de educação e está em Dourados para conhecer o sistema educacional brasileiro.
O Programa de Educação para Jovens e Adultos (Peja) da UNIGRAN pode servir de exemplo à universidades da Finlândia, país do norte da Europa que tem a educação como um dos principais pilares na formação cidadã dos finlandeses e de imigrantes que escolheram aquele país para morar. Uma acadêmica de mestrado da Finlândia está em Dourados para conhecer o sistema educacional do Brasil. Ao avaliar o programa Peja da UNIGRAN notou que a metodologia de ensino pode ser uma boa ferramenta a ser implantada em seu país. Com população de 5,3 milhões de habitantes, educação pública de qualidade é uma garantia às crianças e jovens da Finlândia, com direito a material escolar, refeição e transporte, todos gratuitos. Nos últimos anos, o país vem recebendo refugiados do Iraque e de países da África. E foi a partir da migração dessas pessoas que a mestranda Sofia Maria Evelina Alarova pretende apresentar o Peja ao governo finlandês, para as universidades desenvolverem o projeto com os refugiados. Sofia, de 22 anos, fala fluentemente a língua portuguesa. Em 2002, ela passou uma temporada de oito meses em Dourados, em intercâmbio que a colocou em contato com a educação brasileira. Na época cursava o segundo ano do ensino médio e fez estágio na Escola Decisivo-Anglo. E foi nesse período que a estudante percebeu que a sua carreira profissional seria na área da educação. Seis anos depois, ela retornou ao Brasil para desenvolver a dissertação de mestrado em educação internacional. O programa de mestrado nessa área, na Finlândia, exige dedicação do acadêmico em conhecer o sistema educacional de outros países. Lá, o professor só pode dar aulas no ensino básico a partir da titulação de mestre. “Escolhi o Brasil por já conhecer o país, tenho amigos e porque falo o português”, argumenta, observando o rigor para ser professor na Finlândia, em que o acadêmico tem que falar pelo menos três línguas e se dedicar exclusivamente aos estudos. Sofia explica que o sistema educacional brasileiro é muito diferente do finlandês, a começar pela valorização do professor e pela dedicação que os profissionais têm para com os alunos. A carreira na área da educação é uma das mais concorridas na Finlândia e o salário se compara as demais profissões, a exemplo da medicina e engenharia. “O professor é muito valorizado e as escolas recebem completa infra-estrutura do governo para oferecer educação de qualidade”, destaca a mestranda. A acadêmica chegou a Dourados há quinze dias. Desde então, percorre os Centros de Educação Infantis (CEINs), escolas do ensino básico e universidades. A pesquisa é uma abordagem geral da educação brasileira e será realizada na cidade até o mês de agosto, período em que Sofia irá participar de uma roda de conversa com os professores e acadêmicos de Pedagogia da UNIGRAN. Mais do que oferecer alfabetização e letramento as pessoas que não tiveram oportunidade de estudar, a UNIGRAN desenvolve o Programa de Educação de Jovens e Adultos há 19 anos em Dourados, como atividade de extensão da Faculdade de Educação. Além de lecionar as disciplinas básicas (português, matemática, ciências, história) os professores do programa trabalham em sala de aula temática sobre o meio ambiente, mercado de trabalho e economia solidária. Sofia conheceu o Peja da UNIGRAN depois de acompanhar as atividades desenvolvidas com os alunos e verificar a metodologia de ensino com a pró-reitora de ensino e extensão, Terezinha de Lima Bazé. A UNIGRAN é pioneira entre as instituições de ensino superior do Estado a desenvolver ações afirmativas no campo da Educação de Jovens e Adultos. (FV)

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