Crise financeira revela injustiça do capitalismo, avalia pesquisador.

Simpósio do ID_CURSO de Serviço Social da UNIGRAN foi aberto na noite de segunda-feira e teve como discussão a crise social contemporânea.
A desigualdade e a crise social do Brasil são analisadas pelo professor da Pontícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), Ademir Alves da Silva, como consequências do capitalismo que, na busca do lucro, repassa à sociedade os prejuízos da crise financeira. O professor, doutor em políticas sociais, foi o palestrante da abertura do VI Simpósio do ID_CURSO de Serviço Social da UNIGRAN, na noite de segunda-feira. Para ele, a crise financeira internacional revela a injustiça do mercado capitalista, que sustenta empresas privadas no lucro e riqueza, e, socializa os prejuízos e perdas nos momentos de dificuldade. “E quem mais sofre nisso tudo são aqueles que vivem do próprio trabalho e oferecem a mão-de-obra ao mercado. Muitos são desvalorizados e atuam na ilegalidade, sem registro profissional”, pontua o pesquisador. O efeito mais visível do sistema capitalista com a crise passa ser o desemprego, a falta de renda da população, aumentando a demanda pelo acesso a serviços de assistência social. “Quando o governo deixa de investir, ele tira o acesso aos direitos dos cidadãos”, lembra, destacando que a crise fez, por ora, diminuir a arrecadações de impostos, gerou corte no orçamento das prefeituras e dos governos estadual e federal. A exclusão do sistema capitalista foi ilustrada pelo palestrante através de números: 20% dos ricos se apropriam de 82,7% da renda enquanto que 65% da população têm em mãos apenas 6% da renda. Ademir Alves da Silva foi enfático ao dizer que o Estado deve cumprir seus deveres em garantir acesso ao direito dos cidadãos. Os assistentes sociais, devido o contato maior com o público menos assistido ou excluído da sociedade devem, no entendimento do professor, refinar a análise crítica social, desvendando as armadilhas do pensamento conservador, fabricante dos mecanismos geradores da desigualdade, da injustiça. “Trata-se de buscar mais consistência as análises e propostas, que iluminam as intervenções profissionais”, ressalta. A desigualdade e a crise social foram às temáticas centrais do Simpósio de Serviço Social da UNIGRAN, que até sexta-feira tem na programação quatro mini-ID_CURSOs, mesas-redondas e palestras com professores convidados, além de mostras de trabalhos científicos dos acadêmicos. De acordo com a coordenadora executiva da Jornada, professora Patrícia Martins, as temáticas trazem em discussão a reflexão pela busca da qualidade de vida da população por meio dos direitos garantidos ao cidadão. “Para os debates trouxemos grandes profissionais do país e da região, para enriquecer o currículo dos acadêmicos e aprimorar o conhecimento dos profissionais”, destaca a professora. A abertura do Simpósio de Serviço Social contou com a presença da pró-reitora de pós-graduação da UNIGRAN, Bernadeth Bucher, da coordenadora do ID_CURSO de Serviço Social, Maria Madalena Marques, da secretária municipal de Assistência Social Itaciana Pires Santiago, a presidente regional de Serviço Social, Geórgia Munhoz Pereira Leite e a diretora da Faculdade de Direito da UNIGRAN, Noemi Mendes Siqueira Ferrigolo. (FV)

UNIGRAN - Centro Universitário da Grande Dourados
FONE: (67) 3411-4141
Rua Balbina de Matos, 2121 - Jd. Universitário
CEP: 79.824-900 - Dourados/MS
Todos os Direitos Reservados

Baixe os apps Unigran


CONSULTE AQUI O CADASTRO DA INSTITUIÇÃO NO SISTEMA E-MEC