Professor deve estar atento ao comportamento do aluno

Pós-graduandas de Psicopedagogia da UNIGRAN estão transferindo conhecimento para professores, em projeto e palestras sobre a dislexia.
Falta de interesse nas aulas, dificuldades de ler, escrever e soletrar. Professores devem estar atentos ao comportamento dos alunos e perceber os diferentes graus de aprendizagem. Os sintomas podem ser de dislexia, distúrbio ou transtorno que afeta de 10 a 15% da população mundial, de acordo com informações da Associação Brasileira de Dislexia. Confundidos frequentemente com má alfabetização e desatenção, seus sintomas passam despercebidos nas salas de aula. As acadêmicas de pós-graduação em Psicopedagogia da UNIGRAN, Damaris Pereira e Natália Jusani desenvolvem ciclo de palestras na preparação de professores da Escola Municipal Bernardina Corrêa de Almeida, para identificar o transtorno e encaminhar o aluno ao diagnóstico com equipe multiprofissional. As acadêmicas são pesquisadoras da dislexia. Segundo elas, não são raros os casos de crianças e adolescentes que chegam até o ensino médio sem receber um diagnóstico preciso e tratamento adequado, comprometendo seu aprendizado e a até mesmo a vida pessoal. Através do estágio supervisionado de conclusão de ID_CURSO, Damaris trabalha a dislexia com professores e alunos da Escola Bernardina, e Natália, na Escola Estadual Floriana Lopes. O estágio é acompanhado pelas professoras Adriana Sordi e Aletéia Henklain Ferruzzi. O papel da escola e do professor é essencial na identificação dos sintomas e no auxílio do tratamento do aluno com dislexia. As pesquisadoras tem preparado os docentes com o objetivo de melDATA_HORAr as condições de aprendizado dos estudantes. “Eles passam a conhecer melhor a dislexia, para atuarem didaticamente, oferecendo estímulo, apoio e inclusão dos seus alunos na vida escolar”, explica Damaris Pereira. Ela ressalta que cada pessoa tem o tempo certo para aprender, devendo o professor utilizar a criatividade para estimular as aulas e facilitar o aprendizado dos alunos. Como a dislexia é genética e hereditária, se a criança possuir pais ou outros parentes disléxicos quanto mais cedo for realizado o diagnóstico melhor para os pais, à escola e à própria criança, lembra Natália. “A criança deve passar pelo processo de avaliação, realizada por uma equipe multidisciplinar especializada”, pontua. Ela acrescenta que muitas vezes é na sala de sala que ser percebe o estudante com dificuldades de aprendizagem, e o professor deve acompanhá-los para detectar se os sintomas possam ser da dislexia. A falta de atenção e o pouco interesse pelas aulas devem ser percebidos pelos professores. “Não podemos também generalizar as dificuldades. Nem todo aluno que tem problemas com a leitura tem dislexia”, disse as pesquisadoras no ciclo de palestra. Um diagnóstico correto requer uma equipe multidisciplinar, envolvendo psicopedagogo, fonoaudiólogo, psicólogo, neurologista, oftamologista e audiologista. Entretanto, devido ao professor estar em contato com o aluno, cabe a ele o papel de discutir com a coordenação e os pais, as dificuldades do aluno, encaminhando-o ao psicopedagogo e aos demais profissionais. Na escola, a criatividade é a principal ferramenta que o professor pode utilizar com os alunos no processo ensino-aprendizagem, devido cada pessoa ter o seu tempo para aprender. As acadêmicas de pós-graduação ressaltam que o uso da música, da dança, dentro e fora da sala de aula, são situações que ajudam no aprendizado das diferentes disciplinas curriculares. Ciclo de palestras A coordenadora da Escola Bernardina, Luciene Machado, diz que os professores precisam receber formação para avaliar seus alunos. “Para nós está sendo muito importante receber as palestras. Temos muitos casos de alunos que acreditamos apresentar dislexia e somente com maior conhecimento sobre o distúrbio é que vamos poder lidar com eles”. O ciclo de palestras na Escola Bernarrdina atende 15 profissionais, entre professores e técnicos administrativos. Eles já tiveram palestra sobre o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) [palestrante foi um médico], e dislexia, com as acadêmicas de Psicopedagogia da UNIGRAN. Para finalizar o ciclo, a temática a ser trabalhada será a indisciplina (distúrbio do comportamento). A próxima escola a receber o ciclo de palestras é a Floriana Lopes, onde Natália Jusani iniciou estágio na sala de reID_CURSOs, espaço lúdico para trabalhar com crianças em diferentes graus de aprendizagem. Por desenvolver importante trabalho na educação dos alunos, as portas se abriram a ela, que foi contratada pelo Governo do Estado. O estágio supervisionado está terminando, mas as psicopedagogas pretendem continuar os trabalhos junto às escolas. (FV)

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