Ação Global da UNIGRAN comemora o Dia do Índio

Uma grande festa no sábado reuniu centenas de indígenas das aldeias Jaguapiru e Bororó no Núcleo de Atividades Múltiplas (NAM) da UNIGRAN. A comemoração alusiva ao Dia do Índio, 19 de abril, foi coroada pela diversidade de atividades realizadas num só lugar. Atendimento em áreas da saúde, brincadeiras, orientação jurídica e tratamento de animais domésticos estiveram ao alcance dos indígenas através do projeto “UNIGRAN vai a comunidade”. As atividades foram realizadas no NAM Jaguapiru, amplo espaço aconchegante com salas acomodadas. O local conta ainda com campo de futebol, quadra de vôlei de areia e bosque. A festa encerrou as atividades do V Seminário Indígena da UNIGRAN, que durante uma semana debateu a identidade, realidade e perspectiva dos povos indígenas de Dourados. O Grupo da Casa de Reza dona Teresa fez a benção das atividades de integração entre comunidade universitária e indígena, na solenidade de abertura. Pró-reitores, diretores de faculdades e coordenadores de ID_CURSOs acompanharam a festa comemorativa. A presidente da Ong Amigo do Índio, Érika Kaneta Ferri, entidade que promove ações na área indígena de Dourados com apoio de entidades, destacou a importância dos acadêmicos poderem levar o conhecimento da faculdade para dentro da aldeia. Ela frisou a UNIGRAN como o maior parceiro na promoção de qualidade de vida nas áreas da saúde e educação. O presidente de honra da UNIGRAN e vice-governador do Estado Murilo Zauith direcionou sua fala aos acadêmicos e professores. Com a proximidade das Aldeias, da cidade de Dourados, mencionou que é dever de todos, como seres humanos, dar atenção à comunidade indígena. “Da mesma maneira que vocês chegaram à universidade, tiveram a oportunidade de fazer um ID_CURSO universitário, os índios também devem ter esse direito, de ser profissionais e competirem no mercado de trabalho igualmente”, disse Zauith. Em dez anos, a UNIGRAN graduou 52 indígenas por meio de um projeto inovador. Convênio com a Funai, a instituição criou o Programa de Apoio ao Estudante Indígena (PAEI), que oferece bolsas de estudos àqueles que ingressam pelo vestibular. Vários profissionais estão formados na área da saúde, educação, exatas, inclusive o primeiro advogado graduado do país estudou na UNIGRAN. “Queremos dar oportunidades a todos. O NAM foi construído com o objetivo de aproximar a universidade dos indígenas. As crianças desde cedo devem ficar habituadas ao meio acadêmico, para quando forem jovens terem o interesse de fazer uma faculdade. Outro fator importante é a integração com os não-índios. Isso ajuda a enfrentarem o mundo lá fora, poder se relacionar com todas as pessoas” ressaltou Murilo Zauith , que há dez anos atrás construiu o NAM, para desenvolver atividades de promoção a saúde e educação dos índios. A UNIGRAN é a única instituição de ensino superior do país a construir centro de convivência em área indígena. Os núcleos da UNIGRAN estão presentes nas aldeias Jaguapiru e Bororó. A indígena Edna de Souza, coordenadora do núcleo Bororó, destacou a importância dos alunos na aldeia. “Posso me orgulhar ao dizer que nesses dez anos conseguimos ter uma visão diferente depois da inserção da UNIGRAN junto à comunidade indígena. Sabemos que o trabalho é ainda pequeno diante das necessidades e problemas sociais que temos, mas o que foi e está sendo desenvolvido aqui é muito valioso”, disse ela, abrindo o convite aos estudantes a serem amigo do índio, conhecer de perto a realidade da aldeia. O coordenador do NAM Jaguapiru, Fernando da Silva Souza, falou que os esforços somados para atender a comunidade indígena através dos projetos de extensão da UNIGRAN contribuem para o desenvolvimento intelectual e social dos índios. Ele é formado em Administração Rural na instituição. Durante todo dia a diversão tomou conta de todos que participaram da festa. O ônibus da UNIGRAN foi buscar os indígenas que moram mais distante. Cada ID_CURSO da UNIGRAN fez atendimento dentro da sua área de atuação. (FV)