Desafio do trabalho prevenir doenças incapacitantes

Em palestra na UNIGRAN, Roberto Cruz disse que faltam programas de prevenção à saúde do trabalhador e banco de dados das informações da qualidade de v
Os riscos que os trabalhadores podem estar sujeitos ao exercer cargos e funções é o principal desafio do mundo do trabalho. A tarefa principal não é eliminá-los, mais sim controlar seus agravantes. Para o professor doutor Roberto Moraes Cruz, pesquisador em psicologia do trabalho, a doença tornou-se o principal elo de compreensão do trabalho, a partir do momento que o sujeito está incapacitado a realizar suas atividades. A ausência de métodos no âmbito empresarial para ensinar os empregadores a identificar efeitos antecipatórios das doenças está longe de existir. Porém, uma vez incapacitado, surge a justiça para intervir nas consequências que poderiam ser evitadas se as empresas adotassem o controle de risco. O Meio Ambiente do Trabalho foi tema de discussão nestas quinta e sexta-feira, na UNIGRAN, em seminário realizado pelo Tribunal Regional do Trabalho, 24ª Região. O evento contou com a participação de desembargadores, juizes, acadêmicos e representantes empresariais. Roberto Moraes Cruz foi o primeiro conferencista de um amplo debate sobre o trabalho e suas conseqüências na vida do trabalhador. Ele diz que a falta de programas de prevenção faz com que os trabalhadores adoeçam e fiquem incapacitados. O controle precoce e a inserção de políticas convencionais como forma de estudar a saúde do trabalhador são métodos essenciais a serem desenvolvidos. A falta de banco de dados é considerada pelo especialista como agravante. Sem informações tornam-se difíceis estudar a organização do trabalho. Ele informa que muitas empresas investem no controle de acidentes graves, mais deixam a desejar em políticas de estratégias de risco baixo, já que são esses ID_TIPOs de doenças que afetam a maioria dos trabalhadores. “Muitas vezes o próprio trabalhador detecta os sintomas, mas devido a falta de conscientização continua exercendo suas funções sem procurar o médico”. Pesquisa realizada na região sul do país mostra que 26% dos trabalhadores sofrem de distúrbios osteomusculares, ocasionados por lesão de esforço repetitivo (LER). Mais esse dado, conforme Roberto Cruz, varia de acordo com a empresa. Trabalho realizado por ele detectou 80% de empregados acometidos por LER, numa única instituição. De todas as doenças, a osteomuscular é a que lidera no país, segundo estatísticas do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS). Em segundo lugar aparecem os transtornos mentais. A forma de gestão da empresa é fator preponderante a manter a saúde do trabalhador. O especialista diz que a tecnologia não traz prejuízo, mais sim a forma que a pessoa é exposta ao exercer sua função, através da intensa carga horária, ou pela falta de descanso. Segundo o juiz Marco Antônio Miranda Mendes, que juntamente ao juiz Antônio Arraes Avelino compôs mesa de debate na conferência, “talvez não seja falha de má fé daqueles que não se adequam às leis trabalhistas, mais sim da condição de incapacidade humana de atuar na prevenção”. Ele defende ser necessário às empresas terem profissionais qualificados a fazer o exame na DATA_HORA de contratar e demitir seus funcionários, como forma de identificar a saúde, criar banco de dados e evitar que doenças sejam desencadeadas. A abertura do seminário do Meio Ambiente do Trabalho atraiu mais de 600 pessoas no espaço de eventos da UNIGRAN. Várias personalidades da área jurídica acompanharam o evento, o primeiro a ser realizado pelo TRT no interior do Estado. A solenidade de formação de mesa teve a participação da reitora da UNIGRAN, Rosa Maria D’Amato De Déa, dos desembargadores Francisco das Chagas Filho e Ricardo Geraldo Monteiro Zandona e o diretor do Foro de Dourados, Jairo Roberto de Quadros. (FV)

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