Jornalista diz que repórter investigativo não deve temer desafios.

Denílson falou que jornalistas devem tomar cuidado para não colocar vidas em risco, durante investigações policiais.
O jornalista Denílson de Souza Pinto, do jornal Correio do Estado, ministrou palestra na quarta-feira (6) aos acadêmicos do ID_CURSO de jornalismo da UNIGRAN e disse que no jornalismo investigativo o repórter não deve ter medo de desafios. Com 20 anos de experiência na profissão, ele falou aos alunos sobre o “Jornalismo investigativo na imprensa regional”. Denílson deixou claro aos alunos a diferença de uma reportagem, que relata os acontecimentos, do jornalismo investigativo, que aprofunda o tema e busca sempre novas respostas. “O repórter tem que ser criativo, deve ter percepção do que acontece a seu redor para criar boas reportagens. Ele não deve esperar a pauta do editor”, disse. Um dos grandes trabalhos do jornalismo investigativo realizado por Denílson foi durante a “Operação Xeque-Mate”, da Policia Federal, em 2007. Desencadeada em vários estados do país, sobretudo Mato Grosso do Sul, a operação investigou a exploração de caça-níqueis e corrupção. Ele alertou os perigos que podem acontecer com o repórter em investigação policial, podendo colocar a vida em risco, dele e dos familiares. Além do “faro jornalístico”, Denílson destaca que é necessário ter boas fontes para conseguir boas informações. “Muitos jornalistas tem nas fontes oficiais o único subsídio para construir a reportagem. Nem sempre eles transmitem o que é de interesse do público. Apenas repassam o que é de interesse deles”. Para conseguir boas informações Souza disse que o jornalista deve manter contato com fontes extra-oficiais. “São eles que muitas vezes transmitem os fatos, sem distorção, devendo o repórter apurá-las”, explica. Entre os trabalhos que considera verdadeiras lições de vida, Denílson destacas as reportagens feita por ele no Haiti, um dos países mais pobres da América Central. “É um país miserável, fiquei lá por 16 DATA_HORAs e tive uma lição de cidadania”. Registrando a vida da população por meio de fotografias e entrevistas, o jornalista teve grandes reportagens em destaque na capa do jornal Correio do Estado. Na imprensa regional ele disse que é difícil atuar com o jornalismo investigativo, pois os custos de trabalho são altos, envolve equipe, viagens, pode por em risco a vida dos jornalistas, além de ser um trabalho demorado, que pode levar semanas. Tal fato desinteressaria os pequenos e médios veículos de comunicação. Denílson encerrou a palestra num bate papo descontraído com os acadêmicos onde discutiram as técnicas e procedimentos para se fazer o jornalismo investigativo. (FV)

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