Doenças de pele ligadas a desequilíbrio emocional são temas da Jornada de Psicologia.

Doenças podem abalar auto-estima de pacientes, segundo o dermatologista Diemes Bossari, justificando a importância do psicólogo na equipe médica.
Sentimentos e pele estão em íntima relação. Os fatores psicológicos nas dermatoses são designados distúrbios psicodermatoses e se não forem tratados, as alterações podem manter o problema de pele sem regressão ou desencadear o reinício, após breve período de alívio. Esses assuntos foram discutidos na mesa-redonda desta quarta-feira à noite, durante Jornada Acadêmica de Psicologia da UNIGRAN, sob os enfoque das psicodermatoses infantis. O palestrante convidado, Diemes George Botassari, médico dermatologista, explica que a pele, o maior órgão do corpo humano, é extremamente sensível aos hormônios liberados em momentos de ansiedade, tais como adrenalina e cortisol. Dessa forma, cada pessoa possui um ponto fraco que sofre as conseqüências desses momentos de tensão. “O corpo é a extensão da mente”, declara. Entre as psicodermatoses estão a psoríase, acne, alopécia areata, dermatite atópica e vitiligo. Segundo o dermatologista, estudos sobre o vitiligo e a psoríase apontam que eles são resultados de um desarranjo do sistema de defesa. A psoríase, por exemplo, é uma doença inflamatória, desconhecida, que se caracteriza pelo aparecimento de lesões rosadas ou avermelhadas, recobertas de escamas secas e esbranquiçadas que aparecem, em geral, no couro cabeludo, cotovelos e joelhos. A enfermidade pode aparecer no recém nascido ou em idade adulta. Entretanto, Botassari disse que os médicos e cientistas são categóricos em afirmar que o aspecto emocional tem grande peso no surgimento do vitiligo e na reincidência da psoríase, por serem enfermidades que têm momentos de melDATA_HORA e piora, embora as crises possam piorar com o estresse. “Traumas emocionais ou dificuldade de adaptação podem gerar tanto vitiligo quanto psoríase em uma criança”, comentou. Ele afirma que não são contagiosas, mas o problema é que podem abalar a auto-estima, pois em alguns casos a pele fica marcada. Um dos grandes problemas da atualidade, segundo o dermatologista, é o transtorno da beleza – pessoas não satisfeitas com o corpo, acabam se sujeitando à ditadura da beleza, acreditando que certos medicamentos e produtos irão resolver os problemas. Segundo a psicóloga Angélica Botassari, o atendimento psicológico diante de pacientes de psicodermatose deve ser analisado a passo de conhecer a pessoa, não podendo excluir as hipóteses que ele acredita ser o causador das suas enfermidades. “Muitas vezes o que se ouve do individuo é mais importante do que se vê nas próprias marcas das enfermidades”, comentou. A especialista ainda disse que a relação entre médico e psicólogo só tem a ajudar no tratamento do paciente. “O psicólogo ajuda o sujeito a encontrar uma via de liberar as tensões sem ser no corpo, para que ele não sofra biologicamente. Podemos indicar uma atividade que lhe dê prazer, como a leitura, pintura”, disse. Todo o trabalho passa a ser inclusive pedagógico. (FV)

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