UNIGRAN pesquisa pinhão-manso na produção de biodiesel.

Os planos oficiais nem estavam no papel quando a UNIGRAN investiu nos estudos e experimentos para produção de um combustível de origem vegetal para motores diesel. Renovável, muito menos poluente e capaz de gerar renda e empregos. De 2003 para cá, o biodiesel mostrou ser um grande negócio para pequenos e grandes produtores e para os trabalhadores, em toda sua cadeira de produção em Dourados. Nesse período, a UNIGRAN comprovou as potencialidades do girassol, como matéria-prima para extração de óleo e aproveitamento dos produtos derivados da produção de biodiesel. Apesar da viabilidade técnica e facilidade de produção, o girassol é susceptível ao câmbio e aos preços internacionais da soja. Em momentos de alta nas cotações, como o atual, é mais vantajoso vender o óleo do que fazer biodiesel. Mas a agricultura brasileira é cheia de alternativas, e o pinhão-manso aparece com a possibilidade até mesmo de se tornar matriz da produção de biodiesel na região. “Já estamos estudando, temos uma lavoura experimental, de 31 hectares, e em três anos deveremos ter resultados para apresentar, mas posso adiantar que o pinhão-manso tem um óleo da melhor qualidade”, disse Mário De Déa, gerente dessa nova pesquisa da Instituição. Ele disse ainda que o pinhão-manso pode render maiores quantidades de óleo por hectare, em comparação com outras oleaginosas adaptadas ao cultivo, no sul do Estado. A perenidade da planta também foi considerada no projeto, porque isso demanda tratos culturais e colheita manuais e, conseqüentemente, mais empregos no campo. Por essas e outras razões, pesquisadores e empreendedores estão confiantes nas previsões de que a região sul do Estado vai ser pólo de agroenergia no país. (JR)