Semana de Enfermagem traz debates sobre humanização da assistência em saúde.

Mary Okano e Maria Fernanda (abaixo) falaram de aspectos que marcam a profissão hoje, nas palestras de abertura do evento.
Na linha da Política Nacional de Humanização da Gestão e da Atenção à Saúde, a UNIGRAN abriu, nesta quinta-feira (8), a IV Semana Acadêmica de Enfermagem, que conta com mais de quinhentos inscritos. Em nome da reitora Rosa De Déa, a pró-reitora de Ensino e Extensão, Terezinha Bazé, presidiu a solenidade de abertura, destacando a formação humanizada, dentro de um projeto pedagógico que oferece um alto nível de qualificação profissional, e o reconhecimento do ID_CURSO, com os melhores méritos dados por avaliadores do Ministério da Educação. “O projeto pedagógico de Enfermagem é reconhecido pela Comissão Nacional de Especialistas de Avaliação do MEC”, disse a pró-reitora. Ela falou dos conceitos CMB obtidos pelo corpo docente e espaços de formação teórica e prática dos acadêmicos, “nosso projeto é calcado na formação humanista, interdisciplinar e generalista, e não dá para não dizer de nossa responsabilidade com o exercício profissional, com rigor científico e com rigor intelectual, tendo-se a ética como eixo da profissão”, acrescentou. A professora Érika Kanetta Ferri, coordenadora do ID_CURSO, salientou a importância da semana acadêmica e do tema escolhido, dizendo que o cuidado com o ser humano deve ser fundamentado no conhecimento científico. “Só para lembrar, a Enfermagem é um das profissões que mais contribuem para preservar a saúde e a qualidade de vida das pessoas”, disse a coordenadora. Ela falou ainda que “a profissão exige não só o desenvolvimento de habilidades, mas também de valores, atitudes éticas e integridade moral”. Palestras O tema central da Semana de Enfermagem de 2008 foi definido durante dois meses, entre formandos do ID_CURSO e professores. Segundo Érika Ferri, o assunto “Sistematização da Assistência de Enfermagem” é controverso nos meios de saúde, mas representa o conceito que está prevalecendo, desde a definição de políticas nacionais e resoluções dos Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem, no sentido de melDATA_HORAr a qualidade, aumentar a eficácia e a satisfação de pacientes e familiares com os serviços de saúde. A categoria dos enfermeiros, que já presta serviços de inestimável valor à população, é uma das mais envolvidas nesse objetivo. A enfermeira obstetra Mary Mishina Okano, gerente do Sistema de Internação Domiciliar de Londrina, explicou que os serviços de saúde estão se adequando e criando soluções para humanizar os atendimentos, mesmo diante da falta de infra-estrutura e das extensas jornadas de trabalho dos profissionais, que, na opinião dela, mais influenciam na precarização dos atendimentos. “A gente tem participado ativamente, em relação a isso, com a regulação de especialidades médicas, para diminuir as filas de espera, na questão da humanização das relações interpessoais mesmo, entre paciente e profissional; então, a gente tem tentado modificar a nossa realidade”, disse a palestrante, que atua em uma equipe que é referência nacional no acompanhamento domiciliar a pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mary Okano, que é também Especialista em Auditoria dos Serviços de Saúde, aponta o comprometimento dos gestores e dos profissionais de saúde como principal fator de humanização dos atendimentos. “Em Londrina, a gente tem trabalhado muito a política nacional de humanização, que traz vários pontos positivos para a mudança de todo o atendimento no Brasil, e quem tem trabalha nisso tem a resposta: é preciso também modificar a formação (dos profissionais) de alguma maneira”, disse em entrevista. O perfil profissional e o mercado de trabalho foram os temas da segunda palestra da noite. A enfermeira Maria Fernanda Pereira Alves, gerente de enfermagem do Hospital Santa Rita, de Dourados, e representante do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-MS), reforçou o compromisso do enfermeiro com a profissão. Ela disse que são privativos do enfermeiro a implantação, o planejamento, a organização, a execução e a avaliação dos processos de enfermagem. Com isso, ela ressaltou a importância da formação acadêmica para o exercício da profissão, retirando-se das unidades de saúde pessoas não capacitadas para a função. Ela deu a entender que a qualidade dos serviços em uma unidade de saúde é diretamente proporcional à quantidade de enfermeiros que dispõe. “Hoje, as 86 instituições cadastradas no Coren têm pelo menos um enfermeiro [graduado], isso é resultado de um trabalho de fiscalização”, disse Maria Fernanda. Em Mato Grosso do Sul, o Coren tem registrados 11.348 profissionais de enfermagem – enfermeiros, técnicos e auxiliares –, mas nem todos estão trabalhando na área. (JR)

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