Plantas medicinais devem ser utilizadas com cautela, adverte pesquisadora.

Na Jornada de Farmácia da UNIGRAN, profª. Cláudia Cardoso explicou que substâncias presentes nas plantas podem produzir efeitos negativos à saúde.
A utilização das plantas medicinais é uma das mais antigas culturas empregadas para o tratamento das enfermidades humanas e muito já se conhece a respeito de seu uso por parte da sabedoria popular. Com os avanços científicos, essa prática milenar passou a competir com os medicamentos sintéticos, entretanto, a terapia com plantas ainda é utilizada por muitas pessoas. Sobre esse assunto, a professora Cláudia Andréa Lima Cardoso, da UEMS, debateu os cuidados e a importância da pesquisa científica em fitoterapia, com os acadêmicos de Farmácia da UNIGRAN, na quarta-feira, durante a 5ª Jornada Acadêmica do ID_CURSO. Doutora em Química Analítica pela Unesp, a palestrante mencionou que o uso das plantas medicinais tem que ser feito cuidadosamente, com muito critério, pois as mesmas não fazem milagres e podem levar à intoxicação daqueles indivíduos que desconhecem precauções e contra-indicações. “Às vezes, imagina-se que o produto, por ser natural, faz bem à saúde, mas a falta do conhecimento sobre os efeitos desejados pode prejudicar”, explica. As plantas medicinais têm ações cientificamente comprovadas e podem ser administradas em diferentes formas de preparações farmacêuticas, de acordo com as necessidades do tratamento. Dessa forma, ela adverte que os medicamentos fitoterápicos devem ser indicados por um médico, pois os princípios ativos possuem em sua composição substâncias químicas que podem produzir efeitos, tanto benéficos e até mesmo negativos, sobre a saúde. Uma vez que as plantas medicinais são classificadas como produtos naturais, sendo permitido a comercialização livremente, o conhecimento da estrutura da planta, suas exigências de cultivo, manejo, colheita e armazenamento são fundamentais para a qualidade da matéria-prima a ser utilizada. “Tudo é uma questão de controle, é necessário que se saiba utilizar a dosagem correta”, adverte, alegando que muitas pessoas tomam chás caseiros diariamente, que pode trazer benefício para determinada enfermidade, por outro lado, prejudicar outras funções do organismo. “É importante que se intercale o chá para não tomar desordenadamente”, explica. Quanto à concentração de vitaminas, a pesquisadora disse que muitas plantas são ricas em determinadas substâncias químicas, e tais princípios ativos podem ser encontrados na casca, folha ou raiz, sendo necessário ser conhecedor para identificar qual parte da planta a ser utilizada. Um dos grandes problemas apontados pela especialista é que o conhecimento popular prepara as plantas, muitas vezes, de forma errada, onde muitas delas não se pode ferver ou moer, pois perde a eficácia. “A grande importância da ciência está em verificar a eficácia das plantas medicinais utilizadas pela cultura popular. Todos os cuidados de segurança devem ser tomados antes de ser transformado em medicamento fitoterápico”, advertiu, destacando aos acadêmicos a importância da pesquisa. (FV)

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