Evento debate papel das instituições formadoras nas competências do profissional de saúde.

Mesa redonda promovida pela SBC-MS tratou do ensino acadêmico em saúde. Acima, médico Frederico Somaio e, abaixo, a profª Adriana Mestriner.
Formação generalista, competência técnica, atuação ética e sentido de equipe. São esses os pontos de vista defendidos pela professora Adriana Mari Mestriner Felipe, diretora da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da UNIGRAN, durante a mesa-redonda “Uma visão sobre o ensino universitário na saúde”, no sábado, 29. O debate iniciou com a análise da formação em medicina, nas universidades públicas e privadas do Estado, e abrangeu também os outros ID_CURSOs da saúde. A professora Adriana Mestriner contribuiu com o debate, destacando a responsabilidade solidária dos profissionais da saúde em relação à qualidade dos serviços prestados à comunidade. Por isso, para ela, a formação inter e multidisciplinar é essencial em todas as áreas – medicina, fisioterapia, psicologia, biomedicina, farmácia e qualquer outra da saúde. “Os profissionais precisam saber trabalhar em conjunto, quem pensa que vai trabalhar sozinho, está sujeito à defasagem”, disse. Ela destacou que os professores devem auxiliar os alunos a formarem consciência crítica para o bem comum, a partir de atitudes e valores éticos e sociais, sem deixar de priorizar o desenvolvimento dos conhecimentos técnicos de sua área. A palestrante falou que o aprendizado em saúde é contínuo, mesmo após a graduação. “Para que seja possível formar profissionais com tantas competências e habilidades, as práticas universitárias têm que estar adequadas para todos [os ID_CURSOs]”, disse Adriana Mestriner, que é doutoranda em Saúde. Seus principais argumentos são os marcos comuns de todas as formações em saúde – a prevenção de doenças e a promoção da saúde da população. Para tanto, o país necessita basicamente de profissionais generalistas. Em medicina, o clínico-geral atende a esse perfil. Entretanto, conforme destacou o médico Luiz Alberto Ovando, a maioria dos docentes das escolas médicas do país é especialista. “Precisamos do clínico, mas quem forma o clínico são os especialistas, [o que] não responde à formação do médico geral”, comentou. Luiz Ovando é professor aposentado da UFMS e representante da SBC em Mato Grosso do Sul. Ele trouxe para a palestra dados que mostram que 66% dos médicos que atuam no ensino de medicina são especialistas, 14% mestres e 6,8%, doutores. Disse também que, de forma geral, os médicos têm mais de uma função e que, para a maioria dos que atuam no ensino superior, a docência é apenas uma opção – não uma vocação. O professor disse que o acúmulo de atividades se deve, em parte, à pressão social – o médico precisa ser rico e bem-sucedido, para ser reconhecido como profissional competente –, e que isso compromete a qualidade da formação acadêmica e contribui com reprodução de modelos inadequados de perfis profissionais. Ovando também associa o excesso de escolas de medicina no país a baixa qualidade média de ensino nessa área. A mesa-redonda foi mediada pelo médico douradense Frederico Somaio, e teve também como debatedoras a acadêmica de medicina Paula Santos de Souza, e a professora Gisele Cristina Martins Real, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Ela explicou as políticas de ampliação de vagas da universidade, especialmente, em ID_CURSOs da saúde, que acompanham a grande demanda por profissionais nesta área, em todo o país. O evento que iniciou as 8h, terminou após meio-dia, e teve grande participação do público de estudantes e professores no debate. (JR)

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