Festa para crianças indígenas promove ludicidade e esperança.

Animadas, adolescentes ensaiam passinhos de danças, e para garantir energia: algodão-doce, pipoca, cachorro-quente e suco para as crianças.
O Dia das Crianças teve um colorido especial para as crianças indígenas. Comemorado antecipadamente, em 6 de outubro, no Núcleo de Atividades Múltiplas da UNIGRAN (NAM), a festa promovida pela OSCIP Amigo do Índio atendeu cerca de 800 crianças das Aldeias do Jaguapiru e Bororó. Dentre as atividades desenvolvidas, as crianças participaram de um campeonato de futebol, jogaram vôlei, assistiram a apresentações de hip hop, dançaram, brincaram na cama elástica, fizeram aula aeróbica, pinturas no rosto e corpo e, ainda, como lanche, tiveram suco, cachorro-quente, pipoca e algodão-doce. Movimentando a paixão nacional, o campeonato de futebol reuniu oito equipes masculinas e cinco femininas, totalizando cerca de 130 atletas. Anderson Oliveira Mamede, responsável pela escolinha de futebol no NAM, é formado em Educação Física e garante que o esporte vem cumprir funções sociais muito além do lúdico. “O esporte na reserva tem sido uma âncora contra a violência, drogas, tristeza. Consegue dar um norte aos alunos, fazendo com que eles tenham perspectivas melhores”, ressalta o professor que treina, durante a semana, cerca de 50 crianças. Outra grande atração da festa foi a apresentação de um grupo de hip hop, formado por adolescentes de diversos bairros de Dourados. Muito mais que uma dança, o hip hop tem sido caracterizado como uma cultura de resistência, buscando ser espaço de expressão dos jovens. Luciano Lima de Carvalho, professor de hip hop, destaca que o estilo é muitas vezes vítima de preconceitos. “O hip hop é uma cultura de todas as raças que tira os jovens das ruas, pois exige dedicação e persistência. É um vício bom”, garante. Durante as apresentações, campeonatos e brincadeiras, foram distribuídos 1.000 cachorros-quentes, saquinhos de pipoca e algodão-doce para garantir que as crianças tivessem bastante energia pra brincar. Iracema Maciel, Kaiowa, participou da festa juntamente com seus três filhos, de cinco, oito e onze anos. Ela caracteriza a iniciativa da festa como muito positiva, pois as crianças gostam muito desse ID_TIPO de atividade e, além disso, a credibilidade das instituições envolvidas – UNIGRAN e AmI – faz com que os pais sintam segurança com a equipe responsável pelas crianças. “A violência está tão grande na aldeia que não dá pra largar os filhos brincando em todo ID_TIPO de festa. Pelo menos aqui a gente sabe que pode deixar brincar”. Débora Sousa, nove anos, disse ter adorado a festa das crianças. A indígena que sonha em ser professora de português destacou que, se pudesse fazer um pedido, pediria mais alegria. “As crianças da aldeia precisam de alegria e essa festa faz isso”, afirma. Mais do que diversão e integração entre as etnias, a festa em comemoração ao Dia das Crianças trouxe esperança aos pequenos. Adriana, guarani de onze anos, atraída pelas entrevistas por querer ser jornalista, fez em nome das crianças um apelo à sociedade. “Para o melhor futuro das crianças, eu deixo um recado de que as pessoas precisam preservar a natureza e não deixar as crianças passarem fome”. (MAC)

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