Especialista mostra como a arte pode contribuir com o meio ambiente.

Professora Chistina Rizzo ministrou palestra e workshop na XXIII UNIARTE, tratando de ecologia humana e arte-educação ambiental.
Quem tem a visão de arte como um processo elitista, vinculado ao caro mercado de obras, não entende o que acontece num workshop intitulado: Arte-Educação Ambiental. Como arte pode ser vinculada e interferir no meio ambiente? A resposta a essa pergunta vem pelo trabalho da professora doutora Maria Chistina de Souza Rizzo, da Escola de Comunicação e Arte - ECA (SP), que trouxe à UNIARTE, nesta terça-feira (02), sua experiência, desenvolvida na cidade de Franco da Rocha (SP) junto ao projeto Chão Verde, Terra Firme IV. “A arte trabalha fundamentalmente com percepção, com criação e com a totalidade do ser e a educação ambiental também precisa disso: de percepção e do sujeito estar inteirinho naquele ato de conhecimento ou ação; então, é possível fazer um paralelo entre um e outro. Eu acho que a arte tem muito a colaborar com a educação ambiental”, disse a especialista. A experiência que fundamenta a participação da professora Christina na Semana de Artes da UNIGRAN, foi desenvolvida em parceria com a ONG Instituto de Pesquisas em Ecologia Humana, que trabalha com o Conselho Comunitário de Saúde Dr. Franco da Rocha, no estado de São Paulo. O trabalho enfoca a questão da consciência e da intervenção conseqüente na região da bacia do Rio Juqueri, que faz parte da bacia do Tietê. “[Esta] é uma região importantíssima em termos de ecossistema e em termos de viabilidade da vida e que está sofrendo um processo de ocupação discriminado [...]. Num trabalho, em parceria com a Secretaria de Educação do Estado, envolvemos os professores das áreas do conhecimento, que são os multiplicadores dos seus alunos”, diz ela, referindo-se à sensibilização para a conscientização através da arte. Na UNIARTE, a professora participou de duas ações. Uma foi o workshop, realizado à tarde, que reproduziu a parte prática das leituras de imagem que compõem o projeto Chão Verde Terra Firme IV, que ela chama de “fazer pela apreciação”. À noite, a convidada enfocou o projeto como um todo, trabalhando conceitos como “ecologia humana” e “arte-educação ambiental”, no seminário que leva o mesmo nome da oficina. O projeto Chão Verde envolveu 130 professores de diversas disciplinas, que atuam em 79 escolas das cidades e bairros situadas no entorno da Serra da Cantareira, em São Paulo. A região possui diversas áreas legais de preservação ambiental, com inúmeros mananciais, e um delicado equilíbrio ecológico que precisa ser conservado. Entretanto, a ocupação desordenada já está tirando a vida da Serra, e somente a conscientização pode para o processo de depredação. Novo modelo Em entrevista, Maria Christina comentou a atuação do professor de artes na atualidade. Para ela, é possível observar uma mudança de paradigma na arte e, conseqüentemente, no seu ensino, a partir da segunda metade do século 20. “O pessoal do mundo da arte se percebeu como fazendo parte do mundo da cultura e não só como uma área de conhecimento privilegiada e sem diálogo com outras áreas”, disse, referindo-se ao ensino multidisciplinar. Para ela, este novo modelo trouxe diálogo da arte com todas as manifestações naturais e culturais. “O professor de arte agora percebe que tem um outro papel, tem uma outra posição em relação ao conhecimento e em relação à equipe escolar e consequentemente ao currículo”, concluiu. (CM)

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