Acadêmicos têm aula de campo na Embrapa.
Alunos de Agronomia, Agronegócios e Tecnologia em Agronomia tiveram palestras e demonstrações sobre a cultura do trigo, aqui na região.
O Brasil não é auto-suficiente na produção de trigo e importa 95% desse cereal. Para discutir esse quadro e falar sobre a cultura do trigo, a Embrapa Agropecuária Oeste e a UNIGRAN realizaram no sábado, 18, um dia de campo com acadêmicos de Engenharia Agronômica, Administração de Agronegócios e de Tecnologia em Agronomia. Além de explicações em uma lavoura experimental de trigo, os alunos também participaram de palestras com o agrônomo Cláudio Lazzarotto e com o administrador de agronegócios Euclides Maranho, professores dos ID_CURSOs e pesquisadores da Embrapa. “É uma grande oportunidade de adquirirmos novos conhecimentos, muitas coisas mostradas aqui são novidades e interessantes”, disse o acadêmico do segundo semestre de Agronegócio, Anderson Juliano Gomes. Para o professor Cláudio Lazzarotto, especialista na cultura de trigo há 30 anos, o clima do Brasil é propício para o plantio do trigo, e o que impede o agricultor de produzir não são as condições ambientais, mas sim os fatores econômicos e a falta de política agrícola para o cereal. Já o professor Euclides Maranho destaca que o país gasta muito dinheiro com importações de trigo, principalmente da Argentina, e que o custo de produção desse grão é elevado no Brasil devido ao excesso de tributação. “Se a cultura do trigo é necessária para a alimentação do brasileiro, deveríamos ter uma política estratégica, no sentido de torná-la cultura economicamente viável para o agricultor”, opina. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Mato Grosso do Sul, nesta safra foram cultivados 31 mil hectares de trigo, 77% a menos do que há três anos. Na década de 80, os produtores chegaram a plantar mais de 400 mil hectares em uma única safra. Atualmente, o Estado do Paraná é o maior produtor desse grão no Brasil. (AV)
