Artigo: “Da Infância ao TCC - Trabalho de Conclusão de ID_CURSO”.

Rev. Gestão Universitária - É muito comum o nervosismo dos acadêmicos quando chega a DATA_HORA de iniciarem a elaboração do seu TCC - Trabalho de Conclusão de ID_CURSO, seja ele uma monografia, dissertação ou tese; pois, existe, entre eles, uma grande inexperiência acumulada por anos e anos de falta de estímulos para conhecer, descobrir, inventar. Faltam-lhes a tal curiosidade. Mas, depois de muitos estudos e observações, constatamos que essa dificuldade se deve ao fato de que, na infância, são poucos os familiares e professores que transmitem a vontade de aprender para seus filhos/alunos, porque, em maioria, tanto os pais como professores não tiveram uma infância estimulada para a descoberta do novo. Esse costume é transmitido para as gerações seguintes e a deficiência torna o fato da elaboração de uma simples pesquisa em algo muito complicado para o estudante. Claro que existem exceções, existem pessoas que já nascem com a curiosidade à flor da pele e, também, aqueles que tiveram pais sem estudos, mas inteligentes para despertar em seus filhos a vontade de saber, para que estes tivessem acesso a novos conhecimentos. Infelizmente, esses casos são minoria. Hoje pais e mães trabalham fora, e quando chegam em casa estão exaustos, física e mentalmente, e têm ainda que realizar os trabalhos domésticos. Eles não têm tempo de ler para os filhos pequenos ou de contar-lhes histórias inventadas. Então, os pequeninos não têm acesso à fantasia do conto infantil. Começa aqui o grande problema do futuro acadêmico, pois, a fantasia estimula o exercício de pensar. Quando a família sai a passeio, entra em um veículo para chegar a certo local, passando por caminhos cheios de informações interessantes, como: monumentos, árvores com casinha do pássaro joão-de-barro, telhados diferentes, iluminação de lojas, cores de muros, pichações e outras, os pequeninos não as percebem, ficam sem a observação de detalhes que lhe proporcionariam questionamentos. Esses fatos, que sabemos ser uma realidade freqüente, considerados pequenos fatores, passam despercebidos, mas no contexto da aprendizagem, constituem a base essencial do desenvolvimento intelectual: o querer saber! Temos também que admitir que o processo evolutivo faça com que os novos seres sejam mais ativos que seus antecessores. Essa insaciabilidade nata pode torná-los inseguros, no meio social. Eles passam a não entender direito certos acontecimentos, a comunicação com os pais fica difícil, causando grande influência nas relações pessoais fora de casa também. Assim como nos livros, a pesquisa escolar feita pela Internet ainda não está formatada de maneira a estimular o conhecimento da ciência. São muitos os que copiam e colam no World, costume freqüente na adolescência, construindo não uma pesquisa, mas sim colagens aleatórias que, quando lidas, não possuem a continuidade de idéias e a opinião do estudante sobre o assunto, talvez, por isso, alguns docentes estão exigindo trabalhos escritos como forma de obrigar o aluno a ler. Reconhecemos algumas mudanças atuais nessa situação, mas ainda pouco significativas. Insistimos na idéia de que o despertar da vontade de saber, de forma consistente, acontece na infância. Então, vamos concluir que pais e professores da educação infantil são os réus da questão? Definitivamente, não. O problema é muito maior, é de responsabilidade de toda a sociedade, falta-nos assumir o papel de orientadores e exemplos para as crianças. Como podemos fazê-lo? Adquirindo novos hábitos em relação ao aprendizado, esforçando-nos para mudarmos o que não tivemos (estímulo para aprender) para que possamos obtê-lo e passá-los para nossas crianças, futuros acadêmicos que certamente estão destinados à deliciosa elaboração de um TCC - Trabalho de Conclusão de ID_CURSO. O conhecimento pode ser adquirido através da experiência e do estudo, o que não se pode, é negar o já conhecido. [autora Marli Lopes – artigo publicado na edição da Revista Gestão Universitária - 1ª quinzena de agosto/2007]

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