"Enfermagem mudou o perfil da saúde pública no Brasil", disse secretário de Saúde.

Na abertura solene da “III Semana Integrada de Enfermagem UEMS-UNIGRAN”, quarta-feira (7), no Ginásio da UNIGRAN, o secretário municipal de Saúde, João Paulo Esteves, disse que nenhum profissional tem sido tão importante para saúde pública brasileira, quanto à enfermagem. Ele falou que, nos últimos 20 anos, os enfermeiros motivaram mudanças importantes nos hospitais e em outras unidades de saúde do Estado, e que essa é a categoria que apresenta o maior compromisso com o sistema público de saúde. “A gente percebe, nos profissionais de enfermagem, o nível de compromisso que a gente não vê em outros profissionais, e que nós gostaríamos de ver disseminado por todas as categorias”, declarou. O evento foi aberto em solenidade presidida pela pró-reitora da UNIGRAN Terezinha Bazé de Lima, de Ensino e Extensão, e pelo reitor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Luis Antônio Alvares Gonçalves, que destacou “a oportunidade de se realizar um trabalho que, cada vez, melDATA_HORA as atividades em cada ID_CURSO, num esforço de superação das dificuldades de integração entre universidade e sociedade, e entre universidades”. A professora Bazé citou a realização da “3ª Semana Integrada de Enfermagem” como exemplo de “superação de vaidades institucionais, e que a união fortalece e aumenta o empreendedorismo dos ID_CURSOs de Enfermagem, nas áreas de ensino, pesquisa e extensão”. Foram os enfoques dados às três edições desse evento acadêmico que visa a dar um direcionamento comum à formação profissional, em Dourados e no Estado. A mesa de honra da abertura foi composta ainda pela coordenadora, Cássia Barbosa Reis, e pela representante dos alunos de Enfermagem da UEMS, Rosângela Gonçalves Azevedo, pela coordenadora, Érika Kanetta Ferri, e pela representante dos acadêmicos de Enfermagem da UNIGRAN, Aline Ribeiro Batista. EXTENSÃO Neste ano, o tema orientador da “Semana de Enfermagem UEMS-UNIGRAN” foi a extensão universitária. O professor doutor Edson Correia, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi palestrante do primeiro dos quatro simpósios do evento. O convidado procurou mostrar que as atividades de extensão são mais complexas e importantes do que se pode pensar, tanto as instituições quanto para as comunidades. Na visão crítica do palestrante, que é médico pediatra e pró-reitor de Extensão da UFMG, para o aluno, por exemplo, a extensão não se resume em cumprir DATA_HORAs de atuação na comunidade, mas sim em se doar com dedicação a um aprendizado e constatar se o seu trabalho levou algum resultado para a comunidade. “Às vezes, chega 5h da tarde, e o aluno me pergunta se terminou, e eu digo que não sei: olhe para as mães que só puderam chegar agora e pergunte para elas se terminou”, falou. Em relação às instituições e aos professores, o convidado lembra que os saberes popular, tecnológico, cultural e todos os outros estão na sociedade e “que da capacidade de resolver problemas também está na sociedade”. Essa é uma referência a projetos levados já prontos para as comunidades e que, por isso mesmo, trazem poucos resultados concretos. “A pergunta, em nossas ações de extensão, é até que ponto elas são interativas, dialógicas, consideram o outro, [são de] troca de saberes e de integração com os grupos sociais? Aquela história de a universidade levar projetos para a comunidade, a gente tem que mudar o disID_CURSO para: fazer projetos com a comunidade”, ponderou Edson Correia. Ele explicou que, para se alcançar objetivos acadêmicos e, ao mesmo tempo, ter cunho social, os projetos de extensão devem levar em conta o impacto no meio social, a interação e a troca de saberes, a interdisciplinaridade (envolvimento de vários campos da ciência), e a indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão. (JR)