Presidente do CRMV ministra aula aos calouros de Veterinária da UNIGRAN.

Profa. Terezinha Bazé abre palestra ministrada por Osmar Bastos, que defende maior presença de veterinários na definição de políticas públicas.
Para o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MS), Osmar Bastos, se os problemas da dengue e da leishmaniose estão como estão em Mato Grosso do Sul “é porque, em algum momento, faltou a presença de um médico veterinário à mesa de discussão, para tomar a decisão política certa, no momento certo”. A opinião sinaliza uma atuação maior do Conselho no fortalecimento da representatividade da categoria, na gestão de questões ligadas à saúde pública e produção de alimentos. Osmar Bastos ministrou aula extracurricular aos calouros de Medicina Veterinária da UNIGRAN, nesta sexta-feira (2), destacando a complexidade da formação em Veterinária e a importância da profissão para a sociedade. Sobre o campo de trabalho e o estágio da Medicina Veterinária no Estado, ele falou não só como presidente do CRMV-MS, que tem a função de fiscalizar o exercício da profissão, mas também como professor do ID_CURSO de Medicina Veterinária da UFMS e como jornalista. Ele é o apresentador do tradicional programa da TV Morena “MS Rural”. Sobre a representatividade dos profissionais, foi incisivo. “A sociedade precisa entender que nós não somos só médicos de cachorrinhos. O mel, o leite, a manteiga do café da manhã passaram pela vigilância de um profissional. Então, o papel do Conselho é o de fiscalização profissional, mas é também o de órgão máximo de representação de uma classe”, falou. Da mesma forma, ele considera que é responsabilidade do governo dar assistência aos pequenos criadores, dentro de um programa planejado e abrangente de extensão rural. O convidado avalia que a falta de assistência aos pequenos produtores, principalmente, em localidades como os assentamentos e as aldeias indígenas, representa risco para o estado todo. Em localidades como essas, faltam conhecimentos básicos de sanidade animal e são comuns transações com animais, sem o controle do governo. “O sujeito troca uma vaca por uma carroça e essa vaca, estando contaminada, é uma bomba relógio”, disse o palestrante, dentro do tema febre aftosa. Essa doença trouxe grandes prejuízos aos produtores e ao próprio Estado e pode ressurgir se não houver um programa abrangente de assistência ao produtor de pequeno porte, já que os médios e grandes têm acesso às tecnologias e estão submetidos a rigorosa fiscalização. “O pequeno produtor não tem acesso à assistência técnica, não tem como contratar um profissional, então, eu acho que o governo tem que assumir isso (a extensão) e as universidades podem colaborar”, disse Osmar Bastos. Ele ressaltou que o trabalho de extensão nas pequenas propriedades é ideal para o desenvolvimento profissional, particularmente, “no campo da Medicina Veterinária”. Quer dizer, da cura, propriamente dita. A observação diz respeito à pesquisa e ao desenvolvimento de medicamentos, técnicas cirúrgicas e de tratamentos contra doenças. Sobre isso, o presidente do CRMV citou o Hospital Veterinário da UNIGRAN e a atual preocupação das universidades com a Medicina Veterinária, em si, sem desconsiderar que, atualmente, um grande número de profissionais está seguindo carreira em diferentes setores da produção animal. “A gente tem cuidar da qualidade do ensino; então, numa Escola como a UNIGRAN, eu não fiz favor nenhum em vir aqui, porque tem história, é uma faculdade sólida, e certamente não vai brincar com uma coisa tão séria que é a formação do médico veterinário, não só para a área de saúde, mas na produção de alimentos”, declarou o convidado que considera que a Medicina Veterinária em Mato Grosso do Sul está num estágio equiparado aos dos estados mais avançados. “Nós temos muita tecnologia do sistema produtivo do bovino de corte, então, para essa área, os nossos alunos não fazem feio em qualquer canto do país, inclusive, no exterior, e na área de pequenos animais, a gente também não fica atrás. Há, logicamente, que se avançar em outras áreas, e eu entendo que as universidades implantadas em MS estão dando uma resposta muito boa e de que maneira a gente mede isso? Pelos exames de conID_CURSOs públicos a gente vê que os nossos alunos estão sendo bem colocados”, falou em entrevista para o UNIGRAN Notícias. A aula foi aberta pela pró-reitora de Ensino e Extensão, Terezinha Bazé de Lima, e teve também a presença do presidente da Sociedade Sul-Mato-Grossense dos Médicos Veterinários, Acylino Marcondes Resende Junior, e do coordenador do ID_CURSO de Medicina Veterinária da UNIGRAN, Robson Ferreira Cavalcante de Almeida. (JR)

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