Acadêmico indígena da UNIGRAN apresenta pesquisa sobre tuberculose em simpósio nacional.

O índio terena Cassiano de Souza apresentou pesquisa em Santos, no dia 21, em congresso de microbiologia.
O estudante do segundo ano de Enfermagem da UNIGRAN Cassiano de Souza Ribeiro fez uma pesquisa sobre meios para cultura de microorganismos patogênicos, usados na identificação do Bacilo de Koch (Microbacterium tuberculosis), agente causador da tuberculose, e teve seu trabalho aceito pela comissão científica do Congresso da Sociedade Brasileira de Microbiologia, que aconteceu em Santos, São Paulo, na semana passada. O acadêmico, que é bolsista do Programa de Apoio ao Estudante Indígena (PAEI), da UNIGRAN-FUNAI, apresentou o trabalho com apoio da Instituição e disse que foi bastante solicitado a explicar a pesquisa e para falar sobre o comportamento dos pacientes em relação aos procedimentos médicos, na cura da doença, que leva seis meses, no mínimo. Cassiano trabalha no Hospital Porta da Esperança, que atende à população da Reserva Indígena de Dourados. Ele explica que o meio de cultura de Ogawa-Kudo é a forma mais barata de diagnóstico complementar da tuberculose, entre os meios sólidos e líquidos aprovados pela Organização Mundial da Saúde (como o de Löwenstein-Jensen (LJ), e o de Middlebrook 7H10 e o 7H11). Apesar de o meio de Ogawa-Kudo possibilitar diagnósticos conclusivos somente entre 20 e 30 dias, ele é bem mais barato. Esse exame custa cerca de R$ 3, enquanto que os outros, que dão os resultados num prazo de 5 a 10 dias, custam entre R$ 15 e R$ 24. “Quando nós colocamos o cartaz, e as pessoas viram que éramos da região de Dourados, já pensaram em área indígena”, contou o acadêmico, dizendo do que chamou a atenção do público, “a pergunta maior foi qual a reação dos índios a esse trabalho? se eles aceitam ou não? E eu respondi que aceitam. Hoje as equipes de saúde estão sempre acompanhando de perto os pacientes e, também, a maioria dos que fazem parte das equipes é de índios”, falou o acadêmico. A tuberculose já foi um dos piores problemas de saúde na Reserva Indígena de Dourados. O Hospital Porta da Esperança tinha um setor exclusivo para tratar dos doentes. Há oito anos, em média, havia sempre 60 pacientes internados, recebendo medicação contra tuberculose por longos períodos, sem poderem sair do hospital. Quando saíam, logo a doença se manifestava novamente. Atualmente, tanto os novos casos quanto as reincidências diminuíram para menos de 12 ao ano porque os profissionais de saúde passaram a dar assistência aos doentes suas próprias casas.

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