Artigo: O Dia Mundial da Infância.

Profª Lúcia Eugenia é mestre em Educação, docente no ID_CURSO de Pedagogia da UNIGRAN e membro do Conselho Municipal de Educação.
Lúcia Eugenia Pittas Martini Domingo, vinte e um de março é o Dia Mundial da Infância. Acompanhando as notícias da mídia não temos muito o quê comemorar. Você conhece a situação da infância brasileira? Os dados do Censo 2000 nos deixaram preocupados: estamos entre os países que apresentam os maiores índices de trabalho infanto-juvenil: somam mais de 2 milhões as crianças e os adolescentes, entre 5 e 13 anos de idade, que trabalham e muitos não freqüentam a escola. “Em 22 mil lares brasileiros as crianças e adolescentes, entre 5 a 14 anos, são os chefes de família. Estão à frente das despesas e das responsabilidades que deveriam caber aos adultos.” O Estatuto da Criança e do Adolescente nos esclarece: “criança é a pessoa com até doze anos de idade e adolescente é a pessoa entre doze e dezoito anos de idade (art. 1º, do ECA).” Outros graves problemas fazem parte da vida de crianças brasileiras: discriminação econômica, negligência, castigos físicos e humilhações da família, dificuldades de acesso e falta de vagas em creches e escolas, venda e tráfico de crianças, pedofilia, prostituição infantil etc. Geralmente, ouvimos ou lemos algo sobre estes e tantos outros problemas que as crianças brasileiras enfrentam e não nos damos conta de que é uma situação que pode nos atingir. As crianças que hoje padecem desses males por falta de condições financeiras dos pais farão parte da sociedade adulta em dez, quinze anos. Que futuro estamos oferecendo para a geração de nossos filhos, quiçá de nossos netos? As crianças têm direito de serem crianças, devem brincar em lugares seguros com atendimento adequado, precisam de carinho e atenção da família e das pessoas que são responsáveis pela sua educação. Elas têm direito a oportunidades iguais e acesso a educação de qualidade e gratuita. As escolas devem oferecer não só o conhecimento, mas também oportunizar a vivência da cidadania, dos direitos humanos e da paz. Cuidar da infância é dever não só da família, mas também do Estado e da sociedade. A sociedade precisa cobrar e ajudar quem está no poder na busca de soluções para estes graves problemas e oferecer um mundo melhor para as gerações futuras: sem violência e sem abusos.

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