O que, aparentemente, parece impossível pode estar sendo trabalhado pela mídia escrita ou falada. Durante muito tempo, as indústrias de medicamentos puderam fazer seus anúncios sem restrições. Entretanto, a qualidade dos conteúdos utilizados nas peças publicitárias de medicamentos passou a ser alvo de estudo e controle, a partir da criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em 26 de janeiro de 1999, da normativa específica para a veiculação de propagandas de medicamentos (RDC n. 102, de 30 de novembro de 2000) e da criação da Gerência de Monitoramento e Fiscalização de Propaganda de Produtos Sujeitos a vigilância (GPROP) (2004).

Preocupada com as infrações e irregularidades, a GPROP tem direcionado ações como campanhas, autuação de indústrias de medicamentos infratoras e captação de peças irregulares. A publicação do livro “Vendendo saúde: história da propaganda de medicamentos no Brasil”, juntamente com a publicação de uma nova resolução sobre o assunto (Resolução RDC nº 96, de 17 de dezembro de 2008) são as mais recentes.

O autor do livro, Eduardo Bueno, retrata a evolução das peças publicitárias desde os tempos de Império, relacionando os momentos históricos vivenciados à época. Parte das ilustrações utilizadas foi obtida de instituições de ensino e de acervos pessoais, dentre eles o acervo do Prof. Liberato Di Dio, depositado na Unigran, Dourados-MS.